Brasília não pode ficar de fora da nova Rota do Seda

 

Por Chico Sant’Anna (*)

Governos de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e mesmo o da Bahia tem agido fortemente para fazer com que os trilhos passem por seus estados, trazendo, acima de tudo, desenvolvimento. Até aqui, pelo o que se sabe, o Distrito Federal não tem dado atenção a esse projeto. Um erro estratégico, de quem não olha pro futuro.
Peru e China acabam de inaugurar o megaporto de Chancay, a 80 km ao norte de Lima, capital peruana. Construído a um custo de US$ 3,6 bilhões, esse porto de águas profundas (cerca de 18 metros) é o maior
da América Latina, com capacidade de receber navios de grande calado.
Em visita a Brasília, o presidente da China Xi Jinping assinará tratados com o Brasil, dentre os quais, deve estar a construção de uma ferrovia Pacifico-Atlântico, facilitando, assim, o transporte de mercadoria de toda região, em especial grãos e minérios do Brasil.
Trata-se de um projeto-chave no âmbito da nova Rota da Seda, que tem a previsão de construir rotas e modais alternativos, em especial, à travessia do Canal do Panamá. Uma ferrovia ligando o Atlântico ao Pacifico, associado a um grande porto, reduziria em dez dias as viagens de mercadorias entre a Ásia e a América do Sul. É um projeto com potencial de mudar o eixo econômico do Planeta. Vital para o Brasil dos próximos anos, quiçá de séculos. Brasília, se quiser pensar no seu futuro, não pode ficar de fora da nova Rota de Seda.

A Ferrovia Bioceânica conectaria os portos de Iquique, no Peru e Antofagasta, no Chile, ao Porto de Santos, passando antes por Bolívia, Paraguai e Argentina.
Opções

Outra opção de conectar o Pacifico a parti de Antofagasta, no Chile, tem por destino o Porto de Paranaguá, no Paraná. Nesse roteiro sem ligação com o Peru e sem passar pela Bolívia e Paraguai.
Há mais de uma proposta de trajeto de ferrovias. A Transoceânica, um projeto Brasil e Peru com extensão de 5 mil km, chegaria ao Porto de Açu, no Rio de Janeiro.
Já a Bioceânica, conectaria os portos de Iquique, no Peru e Antofagasta, no Chile, ao Porto de Santos, passando antes por Bolívia, Paraguai e Argentina.
Por fim, a linha interligando Antofagasta, no Chile, ao Porto de Paranaguá, no Paraná, nesse roteiro sem ligação com o Peru e sem passar pela Bolívia e Paraguai.
Nesse momento, por não envolver a Argentina, cujo novo governo tem se confrontado com o Brasil, o trajeto partindo do novo porto peruano demonstra ser o mais promissor.

 

(*)Periodista.

Artículo publicado simultaneamente en  Correio Braziliense 

 

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